Persas
Localização:
Os persas
formaram o maior império do Oriente Antigo, unificando vários povos do Crescente
Fértil, suas fronteiras se estendiam do Mar Mediterrâneo até
o Oceano Índico. Habitavam o planalto do Irã, situado a leste da Mesopotâmia,
uma região semi-árida, com montanhas, ricas em minerais, desertos e poucos
vales férteis, de clima seco, com grandes oscilações de temperatura.
Administração:
O sistema
administrativo persa foi um dos mais eficientes da Antiguidade Oriental. O
Império Persa era governado por uma monarquia absoluta teocrática. Possuía
quatro capitais: Susa, Persépolis, Babilônia e Ecbátana.
Dario I enfrentou diversas rebeliões dos povos dominados. A fim de combater as
rebeliões, Dario I dividiu o Império Persa em 20 províncias denominadas
Satrápias, e nomeou sátrapas, altos funcionários reais, para administrá-las. Com
a intenção de não dar poderes absolutos aos sátrapas, nomeou para cada
província um general e um secretário subordinados diretamente ao sátrapa.
O sátrapa era responsável pela arrecadação dos impostos em seu território. Uma
parte dos tributos ele usava para manter a administração e o exército, a outra,
ele enviava para o rei.
Para evitar traições, Dario I, enviava fiscais reais às Satrápias, conhecidos
como “os olhos e os ouvidos do rei”, para fiscalizá-los. Para garantir o
controle do império, o rei possuía um poderoso exército e mandou construir uma
rede de estradas ligando os grandes centros, que lhe permitiram mandar seus
funcionários ou o exército de um extremo ao outro com relativa facilidade. A
mais famosa era estrada real, que ia de Susa até Sardes, na Ásia Menor, com uma
extensão de 2500 quilômetros.
Ele organizou um eficiente sistema de correios e instituiu uma moeda, o dárico,
cunhada em prata ou ouro, para facilitar as atividades comerciais.
O
rei dos persas não era considerado um deus, mas apenas um representante de Deus
diante dos homens. Cuidava da administração do país, a partir de grandes
capitais como Pasárgada, Babilônia e Susa, deslocando-se muito pouco através do
império.
Como no Egito, a agricultura (base de sua economia) dependia das cheias dos
rios Tigre e Eufrates. O controle econômico era exercido pelo Estado, conforme
os padrões do “modo de produção asiático”. Plantava-se a cevada, o trigo e o
centeio.
Declínio:
O governo
de Dario I não só marcou o apogeu do império (período compreendido entre o
final do século VI a.C. e o início do século V a.C), mas também o início de sua
decadência. O grande objetivo de Dario I era conquistar a Grécia; mas, em 490
a.C., foi derrotado pelas cidades gregas sob o comando de Atenas.
Xerxes,
filho de Dario que o sucedeu no poder, também foi derrotado pelos gregos. Em
330 a.C., o Império Persa caiu sob o domínio de Alexandre, da Macedônia.
Com dificuldades de manutenção do poder interno, a Pérsia enfraqueceu-se, sendo
alvo de vários golpes políticos. Alexandre, o Grande, da Macedônia, conquista a
Pérsia em 330 a.C.
Por volta do século VIII
a.C., iniciou-se a expansão grega pelas costas e ilhas do mar Egeu, pelo mar
Negro, pelas costas da Ásia Menor. Nos fins do século VI a.C., o Império Persa,
que havia se expandido pela Ásia Menor, havia conquistado as colônias gregas
desta região. Com o enfraquecimento do Império Persa, motivado pelas rebeliões
internas e pela derrota dos persas na Frigia, estas colônias gregas se
revoltaram. Isto levou às guerras Médicas onde os persas foram derrotados pelos
gregos. Começou aí a retração do Império Persa, que acabou sendo conquistado
pelos gregos em 330 a.C.
Apesar de manter um exército superequipado, os persas tiveram grande
dificuldade em administrar os vastos territórios conquistados. Em consequência,
o império persa chegou ao fim em 331 a.C. quando Alexandre Magno derrotou Dario
III na Batalha de Arbelas.
Economia e sociedade:
Baseava-se na agropecuária, com irrigação pela água das montanhas, na criação
de gado e na exploração de minérios. A moeda era o dárico, cunhada em ouro, que
estimulou o comércio e consequentemente o artesanato.
Com
a formação do império, o comércio passou a ser uma atividade importante, dando
origem a uma camada de ricos comerciantes. Por ele passavam rotas de caravanas
comerciais ligando a Índia e a China ao mar Mediterrâneo. O comércio
impulsionou a indústria de tecidos de luxo, jóias, mosaicos e tapetes de rara
beleza.
A
sociedade persa era dividida em rígidas camadas sociais. No topo da sociedade
estava o rei, abaixo do rei estavam os aristocratas (sacerdotes, nobreza e os
grandes comerciantes). Depois, a camada média da população (pequenos
comerciantes, artesãos e soldados).
Os camponeses, considerados homens livres, formavam outra classe social. Estes
viviam miseravelmente, muito explorados eram obrigados a entregar quase tudo o
que produziam para os donos das terras. Eram
obrigados também a prestar serviços na construção de palácios e de obras
públicas (canais de irrigação, estradas, etc.). Por último, vinham os escravos,
aprisionados nas conquistas militares, formavam um grupo numeroso, que
executavam os trabalhos mais pesados na construção de palácios e obras
públicas.